Por que é urgente adotarmos uma moda mais sustentável?

Se você, assim como nós, é apaixonado por moda mas tem consciência dos impactos que ela causa no meio ambiente, com certeza está por dentro dos debates que vem aumentando em torno do assunto nos últimos anos.

E não é para menos.

Na era do fast fashion e das roupas ultra descartáveis, a indústria da moda já é a segunda mais poluente do mundo.

Sim, é isso mesmo que você leu!

Os impactos da moda acelerada que temos hoje são gigantescos para o meio ambiente e é por isso que é cada vez mais necessário (e urgente!) refletirmos sobre a sustentabilidade na indústria da moda.

Para onde vão as roupas que compramos para usar por uma ou duas estações e depois descartamos?

E para onde vão as roupas que não compramos? Aquelas que nem chegam a sair das prateleiras das lojas? 

Neste texto vamos falar sobre o descarte de roupas (usadas ou não) e o rastro tóxico que o fast fashion vem deixando no planeta.

Impactos que vão além da produção das peças

Quando se fala dos impactos da moda no meio ambiente, talvez a primeira idéia que venha à nossa mente seja a exploração excessiva dos recursos naturais na produção das peças.

Mas tem um outro problema que aumenta proporcionalmente à velocidade do consumo, que é o descarte das peças.

Imagine que você tem duas peças de roupa: uma peça da moda, de baixa qualidade e com um preço mais acessível; e outra peça atemporal, de maior qualidade e com o preço um pouco mais elevado.

Qual a probabilidade de você descartar a primeira peça com mais facilidade e manter a segunda por muito mais tempo?

Apostamos que é de quase 100%!

Esse é um dos maiores problemas do fast fashion: a indução ao consumo desenfreado de roupas baratas e da moda, que duram apenas uma estação e logo são descartadas.

E mesmo que não queira descartá-las, você acaba fazendo isso!

Porque a durabilidade é baixa e elas são programadas para durar pouco. Faz parte do incentivo ao consumo.

Outra situação relacionada ao descarte são as peças que não chegam a ser vendidas ou usadas, ou seja, que nem saem das lojas.

Acredite ou não, estudos demonstram que 30% das roupas produzidas no mundo não são vendidas!

E pra onde todas essas peças vão? É o que nós vamos te contar agora.

O que o deserto do Atacama tem a ver com a moda?

Mais do que você imagina e já vamos te explicar porque.

Um dos maiores cartões postais do Chile virou notícia ultimamente, e infelizmente não é por suas belezas naturais.

O que vem ganhando destaque é o lixão de roupas a céu aberto que se instalou por lá e só aumenta a cada ano.

E porque isso está acontecendo?

Bom, na verdade já vem acontecendo há 15 anos.

Iquique, uma cidade portuária do Chile que fica próxima ao deserto do Atacama recebe, todos os anos, toneladas de roupas usadas ou não vendidas.

O objetivo é abastecer um mercado de roupas de segunda mão no Chile e em outros países da América do Sul. Só que 90% dessas roupas não encontram comprador e são descartadas irregularmente no deserto do Atacama.

Hoje a “montanha de roupas” já ocupa uma área aproximada de 300 hectares do deserto.

É um verdadeiro desastre ecológico, consequência do consumo desenfreado que a indústria da moda vem estimulando a cada ano.

E o deserto do Atacama é apenas um dos locais no mundo onde existem esses lixões.

Quer saber quais são as consequências desse descarte irregular para o meio ambiente?

Veja a seguir!

Quais são os impactos ao meio ambiente?

Além da decomposição dessas roupas demorar centenas de anos, os principais efeitos do acúmulo das roupas ao ar livre são:

– a emissão de gases tóxicos durante a sua decomposição;

– a emissão de fumaça tóxica proveniente da queima das peças;

– a liberação dos microplásticos que estão presentes nas roupas sintéticas e que, muitas vezes, chegam ao mar e ao estômago dos animais, além de contaminarem o lençol freático.

E nem estamos mencionando os impactos sociais da existência desses lixões nessa e em outras partes do globo.

O que pode ser feito para diminuir esse impacto?

Como você já deve imaginar, retirar o lixão do deserto do Atacama ou de outros lugares do planeta não vai ser a solução definitiva.

Enquanto a moda continuar nesse ritmo acelerado, outros lixões se formarão em outros lugares para receber seus resíduos.

Qual seria então a solução?

Muito além de promover a destinação e o descarte adequados desses resíduos, precisamos fazer uma reflexão, do nosso lugar de consumidores, sobre como ajudamos a alimentar esse sistema.

E nos conscientizarmos da necessidade urgente de adotar uma moda mais sustentável e consciente.

Há várias ações que podemos adotar individualmente para diminuir os impactos ambientais da indústria da moda.

Vamos sugerir alguns:

– consumir menos e aproveitar mais as peças que já temos no guarda-roupas, reciclando, consertando e, sempre que possível, dando uma nova cara à elas;

– cuidar bem das roupas, lavando de forma adequada para que elas durem mais;

– dar preferência para as roupas que são atemporais e não saem de moda;

– optar por roupas que tem mais qualidade e maior durabilidade;

– escolher roupas sustentáveis e ecológicas, confeccionadas com tecidos orgânicos e acabamentos naturais, que são menos agressivos ao meio ambiente;

– fazer compras em brechós, que estão super em alta e oferecem, cada vez mais, roupas bonitas, bem conservadas e de qualidade;

– adotar o estilo slow fashion, que surgiu como uma alternativa ao fast fashion e vem ganhando cada vez mais adeptos. Clique aqui (inserir link para o artigo) para saber tudo sobre o slow fashion.

A VemVemShop é uma marca brasileira de moda sustentável que produz roupas no formato slow fashion. Nossas peças são atemporais, tem alta qualidade e são confeccionadas com tecidos orgânicos e ecologicamente corretos.

Valorizamos a cultura e a mão-de-obra locais: todas as peças são produzidas por mulheres que compartilham da nossa visão de moda e de mundo.

Clique aqui para conhecer nossa loja!

Referências:

Impactos ambientais do fast fashion: o lixão têxtil internacional do Atacama, Chile | Costa | Revista Tecnologia e Sociedade (utfpr.edu.br)

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